terça-feira, 24 de novembro de 2015

Fotojornalismo moderno
No período entre guerras na Alemanha, foram usadas novas formas de fotografia para a imprensa: as máquinas portáteis, de modo que as fotografias ajudassem a entender os fatos. Sendo assim, as fotos publicadas começam a interagir com os textos que a acompanham, onde começavam a fazer parte da rotina de um jornal.
Tivemos como principais fotógrafos da época Felix Man, Alfred Eisenstaed, Moholy-Nagy, e André Kertz. Nesse mesmo período se deu ao início aos estados ideológicos – Fascismo e Nazismo – o que levou com que os fotógrafos escolhessem um ponto de vista, ou seja, uma fotografia engajada.
O fotojornalismo teve um papel muito importante na Guerra do Vietnã, pois conseguiu contribuir um clima de oposição a guerra, mostrando um lado que era desconhecido para muitas pessoas. Após a Guerra do Vietnã, os conflitos começaram a ser representados como violência sensacional.
Isabella Sad

A função primordial da imagem fotojornalística é a de informar. Foto: Slit Shire



FOTOJORNALISMO ESPORTIVO
A história do jornalismo esportivo tem pouco mais de 100 anos e a primeira modalidade a receber cobertura mais elaborada dos meios impressos foi o hipismo, em meados do século XIX, na França. Antes as notas relacionadas ao esporte apareciam entre as notas gerais. Até 1939 não havia jornalismo voltado para a cobertura de eventos; havia apenas a crônica esportiva.
As fotografias de esportes têm como principais características: ação, velocidade e dinamismo. Quando um ato acontece, o fotógrafo precisa estar atento, pois em sua maioria o lance é singular e não volta mais.
O esporte faz com que o homem dê tudo de si. É o ser humano tentando superar os limites do seu corpo. Partindo desta premissa, cabe aos fotógrafos de esporte capturar as expressões faciais decorrentes do esforço do atleta.
A dor de uma contusão, o esforço em busca de um recorde, o sofrimento da fadiga, a alegria por uma conquista e a decepção de uma derrota, são algumas das caras e caretas que o atleta deixa transparecer em uma competição.
Com relação às objetivas, a distância focal recomendada a um fotógrafo de esportes é de no mínimo 200 mm. Há outros fatores nas objetivas que ajudam na captação de uma boa fotografia, como motores de autofoco mais rápidos, estabilizadores de imagem.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM BOM FOTOJORNALISTA ESPORTIVO:
Antecipação: ‘’Prever’’ o que vai acontecer, se antecipar, buscar fazer o planejamento para tirar uma boa foto.
Concentração: Aplicar atenção no que se vai fotografar, buscando sempre o foco.
Domínio Técnico: Ter total domínio e autoridade do assunto, conhecer á fundo a máquina fotográfica e equipamentos utilizados.
Reflexos rápidos: Ter reação natural nos momentos certos e prever com rapidez a foto que será tirada.
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES PARA A COBERTURA FOTOGRÁFICA DE UM EVENTO ESPORTIVO
Conhecer como funciona a dinâmica do esporte a ser fotografado é essencial para saber onde se posicionar para conseguir boas fotos.
Conhecer os jogadores; Se orientar sobre as principais peças do time, observar suas reações.
É importante saber os limites para se fotografar; Qualquer esporte tem regras a serem seguidas ao se realizar uma cobertura fotográfica, logo, é importante saber com antecedência se o local permite utilizar equipamentos como Flash, tripé e mono pé.
Antes de sair para uma cobertura já tenha em mente onde se posicionar, qual equipamento utilizar, quais as definições de diafragma e obturador a utilizar e quais fotos pretende fazer.
Amanda Caroline Ferreira
As fotografias de esportes têm como principais características:
esperteza,  ação, velocidade e dinamismo.  Foto:JARMOLUK
Fotojornalismo Independente


A ideia do fotojornalismo independente surgiu na França após a II Guerra Mundial. A pioneira foi a Agência Cooperativa Magnum, fundada em 1947 em Paris, por quatro fotógrafos. O movimento de reconstrução da Europa e o progresso tecnológico exigido pela destruição da guerra proporcionaram a criação de uma forma nova de fazer e comercializar a fotografia e discutir sua função. Paris, pela sua importância geográfica e ideológica, facilitava isso. A criação dessa nova forma de agenciar imagens viria modificar toda a história do fotojornalismo no mundo
Tamara Pereira


O fotógrafa conquistou sua independência com a empresa Magnum Foto: Tookapic 
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Agências fotográficas

As Agências fotográficas vieram depois das agências de notícias, que são empresas jornalistas que retém informações de fontes para juntar com os veículos de comunicações.
A Associação Brady foi à primeira forma de distribuição de fotografia, famosa por fotos de celebridades e Guerras Civis americanas e também por Mathew Brady (1823 – 1896) ter sido o fotografo oficial de Lincon em 1860, pelo qual teve seu trabalho reconhecido, pois naquela época poucos tinham uma fotografia de Abraham Lincon. Mathew em 1860 era um dos fotógrafos mais conhecido do mundo.
Além da Associação Brady tiveram outras agências fotográficas como: a Associação Press (Ap) nos Estados Unidos em 1927; Agence France-Presse (AFP) na França em 1958; Reuters na Inglaterra fundada em 1851 e aderiu o serviço fotográfico em 1946. As principais fotografias solicitadas eram as que envolviam crimes, conflitos, desastres, acidentes, atos de figuras púbicas, entre outros.
Em 1947 nos EUA foi fundada a primeira agência fotográfica da história a agência Magnum que teve surgimentos após a Segunda Guerra Mundial. Seus fundadores são Robert Capa, Henri Cartier-Bresson, George Rodge e David Seymour (“ O Chim”). Robert Capa se tornou um dos fotógrafos mais importante da Europa por cobrir várias guerras. Atualmente a Magnum, tem mais de 40 sócios e um dos principais fotógrafos brasileiros que trabalhou na agência foi o Sebastião Salgado.
No Brasil a primeira agência fotográfica foi fundada no final de 1970, por Juca Martins, Nair Benedicto e Ricardo Malta, conhecida como Agência F4 e foi encerrou os trabalhos em 1991. Atualmente no Brasil as agências fotográficas pertencem aos jornais diários como: a Agência Estado, Agência Folha e a Agência O Globo.
Isabella Sad

Agência fotográfica apresenta muitas imagens para a mídia Foto: Rkarkowski

Fotojornalismo no Brasil

Com a junção da luz com produtos químicos que surgiu as atuais câmeras. Os Irmãos Lumíere compreenderam que com os raios de luz incidem sobre um objeto de superfície irregular ou opaca e são refletidos de modo difuso. Apenas alguns raios de luz penetram na câmera e projetam a imagem do objeto na parede oposta à do orifício de entrada, com isso gerou a câmara obscura.
Anos depois em 1816 o francês Joseph Nicéphore Niepce, conseguiu fixa a imagem refletida em um suporte,  surgindo a primeira fotografia. A partir de então em vários locais do mundo, cientistas começaram a fazer experimentos para adquirir melhores imagens e menos tempo de exposição a luz, já que antes eram aproximadamente 8 horas.
A fotografia teve muita importância para o jornalismo na guerra da Criméia em 1855, onde o inglês Roger Fenton foi convidado para fotografar a soberania dos soldados ingleses, entretanto as fotos eram tiradas nos acampamentos e não mostrava a real face da guerra. Já em 1861 teve inicio a Guerra da Secessão, que agrupou vários fotógrafos e o fotojornalismo teve força.
No Brasil começou a chegar os primeiros fotógrafos em 1840. Relacionado ao foto jornalismo tivemos dois importantes, como Militão Augusto de Azevedo retratava a vida e o cotidiano dos paulistas, com as mudanças da urbanização. Marc Ferrez fez registros do inicio das construções das ferrovias.
Anterior as fotos se utilizavam desenhos ou pinturas, com a fotografia algum jornais começaram a circular usando o método da imagem no século XX, as principais revistas: Revista da Semana;  Fon-Fon; Ilustração Brasileira; O Malho; Jornal do Brasil. Também tivemos varias revistas que adquiriram o fotojornalismo: O Cruzeiro; Revista Manchete; Realidade e Veja.
O fotojornalismo é muito importante para a sociedade, pois complementa ou até mesmo conta uma história por si só, como aquele velho ditado “uma imagem vale mais que mil palavras”. O texto com a imagem chama mais atenção do que uma pagina escrita apenas, por isso se faz necessário o Fotojornalismo.
Tatiana Graciano

Fotojornalismo  participou de muitas desigualdades sociais Fotos: Markusspiske

Origem do Fotojornalismo 
O fotojornalismo vem da raiz da fotografia, a informação sempre é objetiva, direta e tem a capacidade de transmitir informação pelo enquadramento, distância focal, composição, escolhido pelo repórter diante dos fatos. Nas comunicações impressas o uso da fotografia é constante e praticamente indispensável. O fotojornalismo pode ser uma especialização do jornalismo. É incrível como as pessoas confundem outros tipos de fotografias com o fotojornalismo.
A história do fotojornalismo no Brasil se inicia em 1900, quando apareceu a primeira fotografia impressa numa revista. Durante muito tempo o fotojornalismo no Brasil se limitou a retratos e fotos pousadas, onde fotografias e reportagens sociais, chegadas e partidas de políticos, esportes, eram principais notícias.
Demorou muito para que o Brasil utilizasse técnicas do fotojornalismo que também eram utilizadas no resto do mundo. A segunda guerra mundial serviu também para que o fotojornalismo brasileiro fosse impulsionado. Os jornalistas fizeram cobertura de todos os passos da guerra, e os profissionais brasileiros não tinham como fugir disso.
Na década de 50 outros acontecimentos importantes foram registrados para a revolução na imprensa brasileira: diagramação e pré-paginação. Na época, não existiam recursos tão sofisticados quanto os que temos hoje, portanto, os artistas gráficos eram de grande utilidade para planejar os esboços, o que os obrigavam a reservar bons espaços para fotos.
Diversas alterações ocorreram desde o início do fotojornalismo no Brasil, até hoje. Muitos fatores são responsáveis por isso, e o principal deles é o avanço tecnológico, trazendo possibilidades diferentes de formas de trabalho e de materiais a serem utilizados pelos fotojornalistas. É interessante e muito importante conhecer onde tudo se iniciou no país em que vivemos, e perceber como em tão pouco tempo, tantas mudanças de extrema importância já aconteceram e vão continuar acontecendo.
Laura Carello

A foto no jornalismo essencial para as novas mídias Foto: Condesing